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Euroimmun News Qual será o papel do humano num mundo corporativo mergulhado em inteligência artificial?

Qual será o papel do humano num mundo corporativo mergulhado em inteligência artificial?

31 de Março de 2023
Artigos & Matérias
Por Marcos Philippsen*

As novas tecnologias de inteligência artificial (IA, na sigla em inglês) e suas aplicações no universo corporativo ocupam meus pensamentos há algum tempo e queria, neste artigo, dividir uma experiência pessoal e tecnológica com vocês

Durante este último carnaval, estive em Foz do Iguaçu. Se você nunca esteve lá, sugiro que vá. Se já foi, sabe do que vou falar.

Um dos passeios mais impressionantes, foi a visita a Usina Binacional de Itaipu. É um espetáculo! Vou propor uma brincadeira. Imagine que o volume de água lá armazenado são dados digitais de saúde: resultados de exames, tratamentos, etc.

De acordo com um relatório da IBM, estima-se que o volume de dados de saúde no mundo atingiu 2.314 exabytes (2,3 zettabytes) em 2020, e espera-se que chegue a 25.000 petabytes (25 exabytes) até 2025.

“Vale a pena notar que os dados de saúde estão sujeitos a regulamentações rígidas para garantir a privacidade e a confidencialidade do paciente, como HIPAA nos Estados Unidos e GDPR na Europa, que afetam como os dados de saúde podem ser coletados, armazenados e compartilhados.”

Voltando a Itaipú, o guia nos disse que o volume atualmente armazenado poderia suprir todo o globo por 84 dias. Se o volume de água captada aumentasse na mesma proporção, seria o mesmo que dizer, que até 2025, a energia gerada poderia alimentar o mundo por 2,3 anos sem parar.

Paul E. Meehl (1920-2003) foi um psicólogo americano que fez contribuições significativas para o campo da psicologia clínica e diagnóstico psiquiátrico. Seu trabalho se concentrou na avaliação de distúrbios psicológicos e no desenvolvimento de métodos baseados em evidências para diagnóstico e tratamento.

Meehl era um defensor da medicina baseada em evidências e acreditava que a avaliação psicológica e o diagnóstico deveriam ser baseados em evidências empíricas, e não em julgamentos subjetivos. Ele desenvolveu uma série de métodos estatísticos e algoritmos de tomada de decisão para auxiliar no processo de diagnóstico, incluindo o amplamente utilizado método Clinical Versus Statistical Prediction (CVSP). Ele também realizou uma extensa pesquisa sobre a eficácia da psicoterapia e defendeu o uso de ensaios clínicos randomizados para avaliar os resultados do tratamento.

Combine agora a contribuição de Meehl a imensa quantidade de dados médicos disponíveis a evolução dos exames diagnósticos nos últimos 20 anos. 

Um exemplo seria o exame de HPV da Euroimmun, que detecta até 36 subtipos diferentes de HPV. Um resultado positivo no teste, indicando a presença de um tipo de HPV de alto risco pode direcionar a testes diagnósticos adicionais, como colposcopia ou biópsia, para avaliar a presença de lesões pré-cancerosas ou cancerígenas no colo do útero ou outras áreas do corpo. A detecção precoce de câncer ou pré-câncer relacionado ao HPV pode melhorar os resultados do tratamento e reduzir o risco de progressão para uma doença mais avançada.

Se você é mais conservador e acredita que todas estas inovações são ótimas, mas ainda demoram a chegar (e talvez não cheguem exatamente como se imagina neste momento), saiba que, com exceção do primeiro, deste e dos próximos parágrafos, este texto — com seus erros e acertos ortográficos, sintáticos e, possivelmente, informativos — foi gerado por inteligência artificial: o ChatGPT. Espantoso como Itaipu, não é?

Pelo menos aos meus olhos, sim. Tanto que me peguei pensando sobre o quanto essa nova ferramenta de inteligência artificial é mesmo incrível. É assombroso o volume de informações reproduzidas em poucos segundos com apenas algumas semanas de uso da plataforma. Isso, claro, para quem sabe fazer as perguntas certas.

Também tenho em conta que é preciso cuidado, porque o poço do qual o ChatGPT tira seu “conhecimento” é falível (nem só de verdades ele está cheio) e, por isso, há muito a ser aprimorado. Vale questionar, então, as respostas que ele nos dá e fazer uma profunda e criteriosa curadoria dessas informações. Contudo, não é possível ignorar tais avanços nem abrir mão de estudá-los, testá-los e projetar seus possíveis desdobramentos. Negligenciar essas tecnologias pode custar caro às empresas, fazendo-as, numa metáfora nada tecnológica, perder o bonde da história.

“Tenho conversado muito com as lideranças da EUROIMMUN sobre automações e umas das principais perguntas que tenho feito é: que funções, numa organização, as tecnologias baseadas em inteligência artificial poderão ocupar um dia, substituindo profissionais humanos?”

É mais do que sabido que softwares são capazes de automatizar grande parte do chamado trabalho processual, mas não me parece exagero dizer que isso pode chegar até mesmo a cargos gerenciais. Afinal, o ChatGPT, por exemplo, armazenará, de forma estruturada, muito mais informações sobre um determinado produto do que o ser humano é capaz de guardar na memória. 

“E aí talvez esteja o grande ponto para discutirmos desde já: qual é o papel dos seres humanos no futuro do trabalho?”

Se hoje muita gente usa 90% do seu tempo em tarefas processuais, que poderiam ser facilmente automatizadas, é preciso estar alerta. Nesse futuro inevitavelmente e cada vez mais tecnológico, estou certo de que o ser humano seguirá sendo a “ferramenta” mais importante do universo laboral, mas precisará focar mais em trabalhar por projetos, com mais flexibilidade e trazendo soluções que estejam fora do padrão que a inteligência artificial é capaz de reproduzir. 

“Em resumo, é de mais pensamento crítico que todos nós precisamos. “

E você, como acha que as relações de trabalho vão ficar daqui para frente com a chegada do ChatGPT e de outras ferramentas de inteligência artificial? Me escreva e vamos trocar mais: quero saber como essas tecnologias afetam a sua área. 


*Marcos Philippsen é country lead na EUROIMMUN Brasil, empresa de diagnóstico in vitro que une o saber científico, a excelência e o comprometimento com a vida para acelerar os avanços da medicina diagnóstica e, assim, construir uma sociedade mais saudável para todos.

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