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Euroimmun News O que a articulação setorial pode fazer (e tem feito) para a evolução da medicina diagnóstica

O que a articulação setorial pode fazer (e tem feito) para a evolução da medicina diagnóstica

16 de Setembro de 2024
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É cada vez mais claro para cada ator desse ecossistema quais são seus objetivos e deveres em relação ao bem comum. E o ganho dessa colaboração atinge diretamente a razão de existir da nossa atividade: o paciente


Por Marcos Philippsen*


Desde o início deste ano, aprofundei meu relacionamento com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, aceitando o convite para ser o diretor científico da gestão 2024-2025, liderada pelo atual presidente Fúlvio Facco. A missão da CBDL é ampliar o acesso à tecnologia na medicina diagnóstica do Brasil, algo que, em última instância, beneficia toda a população. Parece óbvio, mas o fato de estar inserido mais ativamente no mundo das associações me faz perceber a tamanha importância da articulação setorial. E eu não estou falando somente da CBDL.

Para garantir o acesso à saúde que desejamos no nosso País, outros atores do ecossistema de IVD precisam estar conectado a essa rede. Por isso, nós da CBDL, que fazemos parte das indústria que fornece insumos e reagentes para os laboratórios de análises clínicas, temos nos aproximado bastante de outras entidades que compartilham objetivos comuns, como a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), que reúne médicos patologistas, e a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), entidade científica voltada aos laboratórios de análises clínicas.

Isso não significa que sempre haverá consenso quanto à condução de projetos e resoluções que impactam o setor. Ao contrário, não é nada mais esperado e natural que diferentes pontos de vista sejam colocados em discussão, nos permitindo enxergar as coisas como elas são: multifatoriais, transitórias e complexas. Essa troca permite a identificação de melhores projetos com interesses semelhantes, pois há algo mais potente do que a divergência: é a união de forças. É assim que tem sido com a SBPC nos últimos anos e, a partir de 2024, com a SBAC também. 

 

“Cada vez que você abre a sua porta, é possível enxergar uma abertura do outro lado também.É apenas dessa forma que podemos entender as dificuldades enfrentadas em outra parte do nosso próprio ecossistema”

 

Como representante da indústria, eu entendo que médicos patologistas, farmacêuticos e biomédicos são todos nossos clientes, e saber suas reais necessidades me ajuda a posicionar tanto a entidade CBDL, a qual represento, quanto a empresa a que hoje me dedico, a EUROIMMUN Brasil. Respeitar e entender as diferentes demandas abre caminhos para o real valor de uma boa articulação setorial: trabalhar juntos, com mais eficiência e agilidade, para atingir objetivos de bem comum.

Sobre ciência, liderança e, sim, política

Há muitos anos li um artigo que mudou a minha maneira de pensar a liderança. O título logo chamou a minha atenção, justamente porque eu mesmo estava assumindo a posição de country manager na EUROIMMUN Brasil: “Qual é a função de um CEO?” [para quem ficou curioso, leia o texto aqui, em inglês]. A mensagem permanece comigo desde então:

 

“São três as principais funções de um bom líder: primeiro, definir uma estratégia clara para todos [visão de futuro]. Depois, estabelecer a cultura organizacional [governança corporativa]; e, por fim, garantir que tenha sempre os melhores talentos para a sua organização”

 

Foi também com isso em mente que assumi a nova função na CBDL. E uma das primeiras iniciativas com que me envolvi foi a de criar uma estrutura matricial para designar líderes de projetos, transmitindo com clareza a visão de futuro da nossa entidade em cada uma das ações desenvolvidas. Para isso, a governança foi reformulada e, com líderes mais conscientes do seu papel, podemos garantir que cada pessoa tenha autonomia suficiente para a tomada de decisões. Lembrando que todos nós participamos da entidade de forma voluntária, doando parte do nosso tempo disponível.

Quanto mais potentes formos em conjunto, mais pessoas capazes se juntarão a nós. Um exemplo disso ocorreu recentemente, quando enfrentamos uma situação complexa em relação aos impostos de importação dos produtos de diagnóstico, que, potencialmente, poderia acrescentar um valor muito alto no custo final a toda a cadeia de negócios de IVD. Foi a CBDL que capitaneou e liderou as iniciativas para que a cobrança de impostos retornasse ao que era. Não fossem esses esforços, todo o ecossistema da medicina diagnóstica estaria, hoje, vivendo o desafio de transferir esse alto custo dos insumos para os laboratórios, que por sua vez desejariam repassar o custo para os planos de Saúde ou clientes particulares, o que sempre é uma medida complexa.

 

"Para trabalhar de forma integrada, é preciso aprender mais sobre a importância política na tomada de decisões. Não é fácil, mas uma decisão que demorou mais para acontecer por ter sido alinhada com todos os lados envolvidos tende a ter mais valor, uma vez que a maioria se sentirá representada na estratégia final"

 

Outra ação importante de ordem logística que está ocorrente agora, no momento em que escrevo este artigo, diz respeito à greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mais uma vez, a CBDL se posiciona e se apresenta como uma potencial solucionadora dos problemas que estão sendo criados a partir dos atrasos da liberação de importações.

Como diretor científico da CBDL, desejo também encorajar os associados a fazer mais pesquisa no Brasil. Mais ciência. Isso para poder aplicar todo esse conhecimento científico em novos produtos que impactem diretamente a medicina diagnóstica brasileira. Ampliar o acesso ao diagnóstico e desenvolver o IVD no Brasil é um interesse de todos. E se você, que leu esse texto até aqui, quiser se juntar a essa missão, pode enviar um e-mail para contato@cbbl.org.br. Será um prazer entender como podemos trabalhar juntos.

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*Marcos Philippsen é Diretor Regional de Negócios LATAM & África na EUROIMMUN Brasil, empresa de diagnóstico in vitro que une o saber científico, a excelência e o comprometimento com a vida para acelerar os avanços da medicina diagnóstica e, assim, construir uma sociedade mais saudável para todos.

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