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Euroimmun News Microarray: entenda como o teste detecta até 56 patógenos de dermatomicoses na mesma reação

Microarray: entenda como o teste detecta até 56 patógenos de dermatomicoses na mesma reação

14 de Novembro de 2024
Artigos & Matérias
Por equipe EUROhub, hub de geração e disseminação do saber científico da EUROIMMUN Brasil

Entre as principais vantagens do painel estão a rapidez no resultado e a sensibilidade para a detecção de espécies de dermatófitos, que chega a 100%

Coceira intensa, pele escamosa e avermelhada, unhas descoloridas ou que deixaram de crescer e cabelos com fios quebradiços. Essa é uma lista das queixas mais comuns no consultório do dermatologista, e todas elas costumam ser sintomas diretos de uma infecção de pele, unhas e cabelos causadas por fungos, as dermatomicoses.  O quadro é bastante comum,  atinge entre 20% e 25% da população mundial, e, embora não represente um risco de vida direto, costuma persistir por um longo tempo, deixando marcas e estressando o paciente. 


Saber qual dermatófito está causando a infecção é uma das informações mais relevantes para que o tratamento seja rápido e assertivo, já que a falta de medicação ou a administração de uma medicação errada pode, além  de agravar o quadro, provocar a expansão da fonte de infecção para outras localidades. Assim, a primeira providência do dermatologista é realizar o teste clínico, observando bem a lesão, para montar a sua hipótese diagnóstica. Mas, muitas vezes, pela característica clínica da unha do paciente, por exemplo, não é possível confirmar a dermatomicose, simplesmente porque não dá para saber qual fungo provocou a infecção. Só com a ajuda da medicina diagnóstica a investigação evolui até chegar em uma prova clara do agente causador. 

“A cultura microbiológica da amostra costuma ser o primeiro teste realizado e é feito por meio de cultivo seletivo. Embora seja um exame de baixo custo, a desvantagem é que alguns desses dermatófitos são de difícil crescimento ou de crescimento lento, podendo levar um mês até um resultado que ainda possui uma sensibilidade baixa, variando entre 50% e 80%”, explica Michel Soane, gerente sênior de scientific affairs da EUROIMMUN Brasil. Isso sem contar que a placa pode ser contaminada durante esse tempo todo, sendo necessária uma nova amostra ou a repetição do teste. 


Outra linha diagnóstica usa a microscopia e a histologia, que trazem um resultado mais rápido do que a cultura, mas ainda sem identificar a espécie do dermatófito que está provocando a infecção. “Com a análise visual feita em microscópio, sabe-se apenas que há um fungo na amostra, mas não é possível determinar de qual espécie”, exemplifica Soane. Além disso, existe o risco de resultado falso-negativo, pois nem toda amostra tem partículas de fungos, ou falso-positivo, devido à contaminação dos artefatos. 


Assim, os testes de biologia molecular, como o microarray, são uma opção mais confiável  para os médicos dermatologistas diagnosticarem corretamente a dermatomicose e iniciarem o tratamento precoce. E há duas vantagens em relação ao padrão-ouro de exames laboratoriais até então: a primeira é a rapidez do resultado, que fica pronto em duas horas e meia, e a segunda é a sensibilidade para a genotipagem da espécie de dermatófitos, que chega a até 100%. 


O microarray é também mais flexível em relação à amostra, que pode ser um pedaço de unha, fios de cabelo, raspados de pele, material parafinado e até a própria amostra da cultura microbiológica. Tamanha variedade só é possível porque será feita a extração de DNA desse material a partir do PCR multiplex. A técnica usa primers capazes de amplificar milhões de vezes o DNA dos dermatófitos que estiverem presentes na amostra. E o kit detecta até mesmo uma  pequena porção  de patógenos. 


O teste, aliás, possui o BIOCHIP exclusivo da EUROIMMUN. Essa tecnologia funciona com base em nucleotídeos, que são pedaços de DNA capazes de fazer, em um mesmo ensaio, a detecção direta de 56 fungos - incluindo 50 dermatófitos, com identificação clara de 23 deles, além de seis leveduras/fungos. “São utilizados dois BIOCHIPs para cada paciente, contendo 22 spots de controles e 80 spots de detecção. Com o uso de um hibridizador, é possível rodar até oito lâminas dessas ao mesmo tempo, o que multiplica o número de amostras que podem ser feitas na mesma rotina e otimiza o diagnóstico”, descreve Soane. 


A detecção rápida acontece até mesmo para dermatófitos de difícil cultivo. O kit microarray é o único que identifica as espécies T. mentagrophytes e T. interdigitale, dois fungos zoofílicos que podem ser transmitidos de animais para humanos. Já no caso de infecções mistas, a vantagem da biologia molecular feita com a técnica de PCR Multiplex é a identificação de mais de um dermatófito na amostra, que depois serão diagnosticados concomitantemente e sem interferência direta entre si. 


“A técnica é bem simples. Depois da extração do DNA, o técnico precisa realizar uma única reação, misturando os componentes que já vem prontos no kit e colocando no termociclador. É preciso fazer a hibridização da lâmina, como em qualquer outro kit da EUROIMMUN, e a análise é feita pelo próprio software, que emite automaticamente o laudo com o patógeno identificado”, diz Soane, explicando o passo a passo. 


O melhor momento para a realização do teste é quando o paciente está sintomático, logo quando ele chega ao consultório em busca de auxílio. Portanto, a partir da suspeita de infecção causada por um dermatófito, o protocolo é encaminhar o quanto antes a amostra para uma detecção sensível e específica de patógeno. Assim, pode-se dar início ao tratamento para que o paciente recupere sua qualidade de vida rapidamente. 


Veja também:  
Do the new molecular assays-microarray and realtime polymerase chain reaction-for dermatophyte detection keep what they promise?

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