O mercado de capitais não é feito apenas de lucros. Há também uma fase - igualmente importante - na qual os fundos e as ações acumulam potencial para que, lá na frente, a rentabilidade seja colhida. É exatamente assim que eu me sinto, depois de dedicar o ano de 2023 a reunir o máximo de conhecimento possível para viver este 2024 em sua plenitude.
Durante esse período, que posso chamar de uma “espera-ativa”, em 2023, adotamos diversas ações na EUROIMMUN Brasil. Por exemplo, a aplicação da metodologia SCRUM - normalmente usada em áreas como a de tecnologia da informação - para alavancar a organização de projetos em IVD. Não sabíamos se daria certo, e agora eu sei que, sim, dá. Também realizamos outras mudanças ligadas à governança da empresa, nos quais os líderes ganharam mais agilidade para observar, aprender e perceber o que realmente funciona para suas determinadas áreas. Também deu certo.
Com isso, muitas oportunidades vieram, até mesmo para mim: assumi a diretoria regional de negócios LATAM & África na EUROIMMUN e, em paralelo, a diretoria científica da CBDL, a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial. Na EUROIMMUN Brasil, fomos eleitos pelo GPTW como segundo melhor lugar para se trabalhar na categoria empresas de IVD de pequeno porte. E mais - que eu conto a seguir.
Já disse antes e volto a defender que a EUROIMMUN é a empresa mais científica do Brasil no setor de IVD. Tal percepção tem base comparativa, pois durante a minha carreira passei por outros grandes players do mercado, sem encontrar nada parecido com a assessoria científica e a gestão laboratorial que oferecemos aos nossos clientes.
Mas, vou além e trago evidências - como exige o método científico. Há três anos tenho realizado pesquisas de satisfação com os clientes da EUROIMMUN e uma das perguntas que fazemos é bastante ousada, propositalmente. O cliente precisa responder sim ou não para “Você considera os produtos da EUROIMMUN superiores?”.
O grupo Revvity/EUROIMMUN é hoje o sexto maior grupo de IVD no Brasil, segundo o mais recente relatório da CBDL. Esse é o tamanho da nossa relevância no setor e , por isso, é igualmente grande a nossa responsabilidade dentro do mercado nacional de medicina diagnóstica
No começo, muitos respondiam que achavam nossos produtos do mesmo nível ou inferiores aos dos nossos concorrentes de alto nível. Mas, neste fim de 2024, algo mudou nesse resultado: além de termos dobrado o número de respondentes voluntários, mais de 90% dos nossos clientes responderam que, sim, acham os nossos produtos superiores aos da concorrência.
Mesmo que a pesquisa represente um recorte do mercado de IVD, o fato é que na EUROIMMUN os vendedores, assessores e equipe de marketing são treinados a usar a informação científica produzida pelo EUROHub - o centro de geração e disseminação de conhecimento científico que reúne a EUROAcademy, o EUROInstitute e o EURODiagnostics - para o atendimento. E sabemos o quanto essa conduta gera resultados palpáveis ao conhecer a percepção dos nossos clientes.
Não foi por acaso, portanto, que a CBDL decidiu buscar um novo diretor científico dentro da EUROIMMUN. Nos últimos anos, tornou-se evidente para a associação a necessidade de ter um braço mais potente para realizar a gestão da ciência.
Foi assim, com a experiência na área - melhorada pela vivência na EUROIMMUN - e bastante envolvido com pesquisa & desenvolvimento, além de inovação, que assumi a diretoria científica da instituição para um período de dois anos.
Parte das minhas atribuições na CBDL é alavancar cientificamente o nosso setor da medicina diagnóstica in vitro, de forma a garantir que uma ciência de altíssima qualidade continue a ser desenvolvida no Brasil. Assim, neste ano, premiamos pela primeira vez os três melhores artigos e cases científicos realizados em conjunto entre pesquisadores brasileiros e empresas associadas da CBDL.
Nota: dos 31 trabalhos inscritos no prêmio, 20 foram da EUROIMMUN Brasil. E dos três trabalhos premiados, dois foram feitos por nossos PhDs, algo que evidencia a nossa missão de deixar um legado científico para o Brasil, a exemplo do que é feito na nossa matriz, na Alemanha.
Além da minha participação maior em associações como a CBDL, nosso time também participou ativamente de grupos de estudos e novas pesquisas na própria CBDL, além da maior relação com a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, a SBAC, e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, a SBPC-ML.
Em 2025, a nossa estratégia é sedimentar esse trabalho realizado e repetir a dose de produzir ciência de alta qualidade no Brasil. Com a ajuda de instituições como CBDL, SBAC e SBPC-ML, que são importantes fontes de conhecimento para o nosso mercado, espero que isso traga mais investimentos para a área de P&D de medicina diagnóstica no Brasil.
Para tanto, é preciso agora ampliar a comunicação de tudo o que está sendo feito. Só assim as novas descobertas podem cumprir sua jornada e chegar efetivamente aos laboratórios de análises clínicas em forma de produtos revolucionários, de forma a fazer crescer o mercado de IVD. E isso só se faz com ciência e sua metodologia baseada em evidências.
Em resumo, 2024 foi o ano em que me envolvi em projetos no Brasil, regionais e, até mesmo, globais. Foram muitas horas dedicadas a todos eles. Mas tudo só foi possível graças à paciência que eu tive no momento anterior, para acumular o conhecimento necessário para os projetos futuros. Assim como nos mercados de capitais, na nossa vida pessoal e profissional, há a hora certa de lucrar.
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*Marcos Philippsen é Diretor Regional de Negócios LATAM & África na EUROIMMUN Brasil, empresa de diagnóstico in vitro que une o saber científico, a excelência e o comprometimento com a vida para acelerar os avanços da medicina diagnóstica e, assim, construir uma sociedade mais saudável para todos.